quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Open TT Açores

No seguimento da politica de partilha e discussão sadia do todo-o-terreno, publicamos de seguida a resposta às considerações anteriomente expressas neste espaço, desta feita pelo organizador do evento supracitado.

"A propósito do manifesto escrito de Daniel Araújo divulgado no Fórum do Clube TT Tilhos Micaelenses

Porque os esclarecimentos devem ser pensadas e analisadas a frio, para fazer jus ao ditado popular “Quem não se sente não é boa gente” e porque feliz ou infelizmente tenho o tempo muito ocupado, só agora tomei a iniciativa de retorquir à carta/manifesto de Daniel Araújo, praticante do Todo-o-Terreno Turístico em São Miguel.
Deste modo, passo a responder aos “casos” descritos na dita:

1.    Números Iguais em Motos e Jipes
Tal coincidência aconteceu porque, sendo o CATTT uma entidade descomprometida, informal, flexível e tolerante à semelhança do seu fundador, o signatário achou por bem aceitar inscrições fora do prazo no que originou o recurso à repetição de números, uma vez que os disponíveis eram mais do que suficientes para os inscritos, aquando do fecho das inscrições. No que diz respeito à aferição dos registos dos tempos e das regularidades horárias, bastou verificar os registos de partida das pautas dos controladores, onde de resto, constava uma coluna de identificação da classe do participante.

2.    Controlo Horário Monte Escuro
A organização registou os tempos que constavam nos cartões de controlo de cada concorrente e pauta do respectivo controlador.

3.    Acidente na Zona de Vila Franca do Campo
O signatário teve a oportunidade de presenciar, quase na totalidade, o resgate do jipe do concorrente desafortunado, que aliás correu exemplarmente bem. Quando o signatário da carta à qual respondo chegou ao local, já só faltava desimpedir o caminho, uma vez que a viatura já se encontrava com as quatro rodas no chão. Para além de ter ajudado nesta rápida manobra, o participante em causa, ainda, de vontade própria, acresceu a sua ajuda, assistindo mecanicamente a equipa Marco Inácio/Maria Resendes, assumindo a responsabilidade da demora por tal causada. Para mais, nós próprios, de uma maneira implícita, alertamos para o facto que a prova continuava, uma vez que o ocorrido com o capotanço, não havendo feridos, não era, para além da chapa amolgada, mais do que uma situação idêntica a de um atascamento, vicissitudes da prática do todo-o-terreno.
Aliás, da classe T2, houve um conjunto de participantes, que livremente optou por não cumprir o percurso, acarretando, tal como por mim transmitido, com a respectiva penalização.
Neste particular e, para além da explanação do acontecido, impõe-se-me comentar tal pretensão, realçando a mensagem de que as decisões dos “casos” deste tipo de evento nunca poderão ser tomadas ao sabor das conveniências ou interesses particulares individuais ou de determinado grupo de participantes. Por muito má que seja a organização, terá sempre uma visão mais imparcial e desinteressada do que os próprios concorrentes. No que toca a por a integridade dos outros cidadãos em perigo, por força do não cumprimento do código de estrada, essa responsabilidade é sempre dos prevaricadores. Se assim não fosse, não existiria o artigo 6.º do Regulamento Particular do 5.º Open Açores TT.

4.    Registo de Referencias no Cartão de Controlo
Não se tratava de controlos secretos, porque se encontravam indicados no “Road Book”, mas sim de referencias com o propósito de verificar o integral cumprimento do percurso, por parte das equipas.
Neste caso em particular e, quando, oportunamente possível em termos físicos e temporais, eu próprio verifiquei in loco que a indicação poderia dar azo, pela sua pouca precisão, ao registo de outra que não a pretendida pela organização. Ou seja: pela proximidade dos locais onde possível retirar referencias; pela verificação absoluta que, de facto, os concorrente passaram no caminho traçado pelo “Road Book, porque de outra maneira não teriam registado a referência apresentada no cartão de controlo, a organização assumiu esta imprecisão, que não erro, e entendeu, por bem, anular todos os registos de tais referencias. Tal aconteceu, ao contrário do aludido, por decisão da organização e não por pressão de qualquer grupo de participantes.

5.    Erros de “Road Book” T2
De facto verificaram-se erros no “Road Book” de T2 na 1.ª e 2.ª Secção da 1.ª Etapa, pelo que nos penitenciamos. No entanto, importa realçar que tal facto não originou qualquer penalização nos participantes, até porque através da colaboração dos próprios, a organização, oportunamente e, in loco, tratou de dar as indicações correctas para o integral e normal cumprimento do traçado.

6.    Entrega de Prémios/Empate
Num ambiente descontraído e informal, eu próprio informei os “convivas” (pelos vistos nem todos tinham o mesmo espírito) que o jantar estava disponível no sistema de self-service, e como tal não havia serviço de mesa. Daí que, caso as pessoas quisessem comer a sobremesa, sem os pratos sujos na própria mesa, poderiam retirá-los para uma mesa de apoio, disponibilizada para o efeito.
Quanto ao empate, o único regulamento referente a esta prova que aborda o assunto é o do TT Bee-Clean, no que diz respeito à pontuação atribuída para a classificação em cada prova. Ausente do regulamento particular do 5.º Open Açores TT em São Miguel, e como tal, caso omisso, cabe à organização decidir em conformidade com a sua opinião.

7.    Poupança
Quanto a este assuno, cada qual sabe de si. Prima-se por realizar eventos sustentáveis. No entanto, convém lembrar que o custo acordado o ano passado para as inscrições foi encontrado na conjuntura de então. Passados vários meses, quantas vezes o preço do combustível aumentou? Terá, por tal, havido uma actualização?

8.    Proveitos Troféu TT Bee-Clean
No que se refere a este assunto muito haverá a considerar, mas por razões éticas do foro particular do CATTT não teço mais comentários, a não ser que o concorrente, por fazer parte integrante da então comissão instaladora do Clube TT Trilhos Micaelenses, deu o seu aval à proposta emanada do CATTT, depois de este ter sido alvo de uma aproximação por parte do Clube Trilhos Micaelenses, no sentido de por em pé um troféu TT em São Miguel. Convém também realçar, sobre este assunto, que a única entidade que terá conseguido individualmente apoio para o Troféu TT, limitou-se ao CATTT. Por outro lado, as despesas inerentes à realização de um troféu deste tipo, são igualmente da responsabilidade do CATTT.

9.    Concorrentes Presentes na Lista Classificativa do Troféu TT Bee-Clean
Como é evidente e obvio, a presença de concorrentes na pontuação do Troféu TT Bee-Clean, só ocorre por respeito às equipas participantes e para efeitos estatísticos, uma vez que só poderão aspirar aos três primeiros lugares, quem tiver feito, pelo menos, quatro provas como consta do Regulamento do Troféu TT Bee-Clean.

10. Experiência
Também é referida na carta à qual riposto a minha longa experiência nestas andanças. Pois bem, não fora aquela e, provavelmente, teria cedido à pressão exercida junto do colégio organizativo em ordem à alteração das pontuações atribuídas.

Rebatidas as questões levantadas, não me coíbo de expressar, de igual modo, a minha admiração pelo exemplar praticante de todo-o-terreno que é Daniel Araújo. A prová-lo a atribuição de um prémio especial de Fair-Play, aquando do 5.º Open Açores TT.
Para efectivamente finalizar, refiro que também escrevi estas linhas com o propósito do esclarecimento dos factos, bem como a bem da prática do Todo o Terreno


Saudações TT,

Carlos Alberto Rodrigues Martins de Medeiros



Meu caro Marco

Relativamente às questões que colocas na tua carta, tentarei responder-te o mais satisfatoriamente possível.
Assim, relativamente à possibilidade de reclamares, tiveste-a na altura que me procuraste no secretariado da prova e me colocaste questões às quais pessoal e verbalmente te respondi. Na altura, embora de mau grado, acataste-as.
O Regulamento do 5.º Open Açores TT foi publicado através de um email emitido pelo CATTT, no dia 28 de Setembro, às 7h38, onde se inclui o seu programa.
Relativamente ao erros de "Road Book" da categoria T2, lamento-os e responsabilizo-me pelos mesmos, sendo que, felizmente, não ocasionaram qualquer entrave na aferição das respectivas penalizações. Tudo faremos para que tal não volte a acontecer.
A autorização de continuares a participar na prova foi dada no maior espírito de abertura e reconhecimento pelo teu empenhamento de participação. Longe de mim, pensar que estarias com a pretensão de continuar a prova com propósitos classificativos. Não conheço provas desportivas motorizadas em que tal seja permitido.
O caso de troca de viaturas de prova para prova é perfeitamente normal, tal como acontece, por exemplo, em campeonatos de rallyes ou outros. São coisas completamente diferentes.
De qualquer modo, relativamente a este assunto, o mesmo será alvo de troca de impressões entre as entidades envolvidas no Troféu TT Bee-Clean, pelo que se houver alguma coisa a alterar, far-se-á notícia da mesma.
Quanto ao agradecimento, de minha parte não tens que agradecer, relativamente à ajuda na manobra de resgate da tua viatura. Para além de ser o normal nestes casos, também participei, não só com o sentido de dever da organização, mas também por consideração e amizade para convosco.

Saudações TT,

Carlos Alberto Rodrigues Martins de Medeiros"

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